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Testando

Lembranças da primeira vez

yuan (CNY), renminbi
Dinheiro da China

Depois de mais de trinta horas cruzando o mundo, meu raciocínio não estava na sua melhor forma. A tripulação me manteve bem abastecido de vinho, o que ajudou a suportar as longas horas sentado na pequena poltrona econômica, mas na chegada isso atrapalhou um pouco.

Há muita coisa igual no aeroporto de Pudong em relação aos outros aeroportos do mundo, o que evidencia as poucas diferenças. A coleta de digitais antes do controle de imigração é uma dessas. Com todos os documentos e o visto em mãos, o controle para brasileiros segue o protocolo, sem muita conversa com os agentes. Viajantes com alguma dúvida não conseguem fazer uso do inglês. Ou já se leva algum mandarim na bagagem, ou se apela para a mímica contando com a boa vontade do pessoal da imigração – ela existe.

Muitas escolhas acontecem antes da chegada. O hotel é uma delas. Ao privilegiar a localização, escolhi um hotel muito distante de Pudong, do outro lado de Xangai. Isso facilitaria o deslocamento nas próximas semanas, quando visitaria diversas fábricas. Era mais perto de Honqiao, o outro aeroporto, e vizinho à estação de trem de mesmo nome, a que mais frequento na China. Há dez anos, os aplicativos de transporte não eram tão comuns, mas o metrô na China já era bom. O ônibus passa com uma boa frequência em horários pré-determinados.

Fotografia da China, região de metrópole, prédios
Percurso com o DiDi (Didi Chuxing, empresa chinesa de transporte por aplicativo).

Depois de tantos anos, não me lembro se optei pelo metrô ou se peguei o ônibus. Não sendo na primeira viagem, na segunda eu escolhi o metrô. Essa opção é ruim quando as malas são grandes – eram enormes nas primeiras viagens – e quando o horário é de pico da manhã ou da tarde. Parece óbvio agora, mas não me pareceu há dez anos, mesmo sendo da velha guarda do Bilhete Único de São Paulo. O tempo de percurso é muito próximo, indo de ônibus ou Didi corre-se o risco de pegar algum trânsito; de metrô ele dura uma hora e meia -isso se a distância da estação até o hotel puder ser percorrida a pé, caso contrário ainda é necessário buscar um táxi ou, hoje em dia, um Didi.

Escolher o meio de transporte em tempos pré-Didi não era o primeiro desafio, antes se precisava trocar dinheiro. Falhei em muitos detalhes do planejamento dessa viagem, porém nunca cometi o erro de não levar dólares. Assim, a tarefa era apenas transformar dólares em yuans de madrugada no aeroporto, quando a loja de câmbio estava fechada. Muitos chineses ofereciam câmbio e transporte perto da saída do desembarque – hoje em dia esses cambistas não-oficiais são mais raros. Eu, treinado na saída do Terminal Rodoviário do Tietê e nos aeroportos de cidades turísticas brasileiras, ofereço certa resistência preconceituosa a esse tipo de abordagem. Aqui se deu meu primeiro acerto em território chinês, ainda que predecessor de muitos tombos e perrengues. Meio perdido na imensidão do aeroporto e mareado pelo fuso-horário, analisei o ambiente e encontrei uma máquina automática de câmbio desprestigiada na lateral de um corredor central que aceitava cartões internacionais, hoje isso é mais comum. Há dez anos, cartões de bandeiras ocidentais eram praticamente inúteis na China. Depois de muitos cliques e de confiar meu cartão de crédito à máquina, recebi algumas notas de yuan. Um cambista informal me seguiu e assistia a tudo, naturalmente torcendo contra o meu cartão, o que me tirou um sorriso no fim do processo, o qual ele retribuiu, antes de me dar as costas e voltar para seu posto.

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Lembranças da primeira vez https://sinobridge.com.br/2024/07/01/lembrancas-da-primeira-vez/ https://sinobridge.com.br/2024/07/01/lembrancas-da-primeira-vez/#respond Mon, 01 Jul 2024 19:34:00 +0000 https://sinobridge.com.br/?p=1197 Depois de mais de trinta horas cruzando o mundo, meu raciocínio não estava na sua melhor forma. A tripulação me manteve bem abastecido de vinho, o que ajudou a suportar as longas horas sentado na pequena poltrona econômica, mas na chegada isso atrapalhou um pouco.

Há muita coisa igual no aeroporto de Pudong em relação aos outros aeroportos do mundo, o que evidencia as poucas diferenças. A coleta de digitais antes do controle de imigração é uma dessas. Com todos os documentos e o visto em mãos, o controle para brasileiros segue o protocolo, sem muita conversa com os agentes. Viajantes com alguma dúvida não conseguem fazer uso do inglês. Ou já se leva algum mandarim na bagagem, ou se apela para a mímica contando com a boa vontade do pessoal da imigração – ela existe.

Muitas escolhas acontecem antes da chegada. O hotel é uma delas. Ao privilegiar a localização, escolhi um hotel muito distante de Pudong, do outro lado de Xangai. Isso facilitaria o deslocamento nas próximas semanas, quando visitaria diversas fábricas. Era mais perto de Honqiao, o outro aeroporto, e vizinho à estação de trem de mesmo nome, a que mais frequento na China. Há dez anos, os aplicativos de transporte não eram tão comuns, mas o metrô na China já era bom. O ônibus passa com uma boa frequência em horários pré-determinados.

Percurso com o DiDi (Didi Chuxing, empresa chinesa de transporte por aplicativo).

Depois de tantos anos, não me lembro se optei pelo metrô ou se peguei o ônibus. Não sendo na primeira viagem, na segunda eu escolhi o metrô. Essa opção é ruim quando as malas são grandes – eram enormes nas primeiras viagens – e quando o horário é de pico da manhã ou da tarde. Parece óbvio agora, mas não me pareceu há dez anos, mesmo sendo da velha guarda do Bilhete Único de São Paulo. O tempo de percurso é muito próximo, indo de ônibus ou Didi corre-se o risco de pegar algum trânsito; de metrô ele dura uma hora e meia -isso se a distância da estação até o hotel puder ser percorrida a pé, caso contrário ainda é necessário buscar um táxi ou, hoje em dia, um Didi.

Escolher o meio de transporte em tempos pré-Didi não era o primeiro desafio, antes se precisava trocar dinheiro. Falhei em muitos detalhes do planejamento dessa viagem, porém nunca cometi o erro de não levar dólares. Assim, a tarefa era apenas transformar dólares em yuans de madrugada no aeroporto, quando a loja de câmbio estava fechada. Muitos chineses ofereciam câmbio e transporte perto da saída do desembarque – hoje em dia esses cambistas não-oficiais são mais raros. Eu, treinado na saída do Terminal Rodoviário do Tietê e nos aeroportos de cidades turísticas brasileiras, ofereço certa resistência preconceituosa a esse tipo de abordagem. Aqui se deu meu primeiro acerto em território chinês, ainda que predecessor de muitos tombos e perrengues. Meio perdido na imensidão do aeroporto e mareado pelo fuso-horário, analisei o ambiente e encontrei uma máquina automática de câmbio desprestigiada na lateral de um corredor central que aceitava cartões internacionais, hoje isso é mais comum. Há dez anos, cartões de bandeiras ocidentais eram praticamente inúteis na China. Depois de muitos cliques e de confiar meu cartão de crédito à máquina, recebi algumas notas de yuan. Um cambista informal me seguiu e assistia a tudo, naturalmente torcendo contra o meu cartão, o que me tirou um sorriso no fim do processo, o qual ele retribuiu, antes de me dar as costas e voltar para seu posto.

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